terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Há dias assim, sem mais nada...



Dia desses li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem, uma comparação extremamente interessante, quando bem interpretada. Interessante porque nossa vida é como uma viagem de trem, cheio de embarques, desembarques de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis e alegrias como alguns embarques e a tristeza de alguns desembarques. Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que acreditamos que farão a viagem connosco até o fim, nossos PAIS. Não é verdade, infelizmente, em alguma estação eles desembarcaram, nos deixando órfãos de seus carinhos, amores, proteção e afecto. Mas isso não impede que durante a viagem, embarque pessoas interessantes que virão a ser importantes e especiais para nós. Embarcam nossos irmãos, amigos e amores. Muitas pessoas tomam esse trem a passeio, outras fazem essa viagem experimentando somente tristeza, há também aqueles que passam de vagão em vagão, prontos para ajudar a quem precisar. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos que viajam de tal forma que quando descem, ninguém sequer percebe. Curioso é considerar que alguns desses passageiros são tão caros que acomodam-se em vagões diferente dos nossos, o que nos obriga a fazer uma viagem separada deles. Mas claro que isso não nos impede de que com grande dificuldade, atravessemos o nosso vagão e cheguemos a ele. O difícil é aceitar que não podemos nos assentar a seu lado, pois muita das vezes, esse assento já está ocupado. A viagem é assim: cheia de sonhos, fantasias, atropelos, esperas, embarques e desembarques, sabemos que esse trem jamais volta, façamos então essa viagem dá melhor forma possível, tentando manter um bom e afetuoso relacionamento com os passageiros, procurando em cada um deles o que tem de melhor lembrando que em alguns momentos do trajeto poderão fraquejar, e provavelmente precisaremos entender isso. Nós mesmo fraquejamos em algumas vezes, e alguém com certeza nos entende. O grande mistério afinal é que não sabemos em qual estação desceremos, e fico pensando quando eu descer desse trem sentirei saudades ? SIM, pois deixarei os meus filhos, viajando sozinhos, será muito triste. Separar-me de alguns amigos que fiz, do amor da minha vida, será dolorido. Mais me agarro na esperança que em algum momento estarei com eles na estação principal e terei emoção em vê-los chegar com sua bagagem que não tinham quando embarcaram. O que me deixa mais feliz é saber que, de alguma forma contribui para que ela tenha crescido e se tornado valiosa. Agora nesse momento o trem diminuio a velocidade para que embarques e desembarques sejam feitos. Minha expectativa aumenta, a medida que o trem diminui a velocidade QUEM ENTRARÁ ? QUEM SAIRÁ ? Eu gostaria que você pensasse no desembarque não só como a representação da morte, mais também como o termino de uma viagem de uma história, de algo que duas ou mais pessoas contribuiriam e que por motivos fúteis e enfermos, deixaram ou deixam desmoronar. Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós temos a capacidade de relacionar para recomeçar. Isso é um sinal de graça e luta, é saber viver é tirar e proporcionar o melhor de todos os passageiros.

2 comentários:

  1. Lindo texto, excelente comparação!
    Será que também eu vou ter saudades quando descer do meu trem?!...
    Foi muito bom encontrar-te neste trem em que viajo! :)

    Beijos!

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  2. Sus:
    Um sorriso enorme para si... é sempre bom encontrar pessoas como uma alma linda como a sua... beijo.

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