sexta-feira, 13 de março de 2009

Perfeito...

http://www.youtube.com/watch?v=2Rf-6AlC37U
E sucedeu que uma vez - no meio da agitação da gente apressada - pousei os olhos numa frase diferente, pintada na chapa de um autocarro. Era de Almada Negreiros. Dizia ele, ali no amarelo do autocarro, que se alimentava do silêncio... Veio-me logo à cabeça o contraste, pois estava no ambiente ideal para isso. Nós hoje já não nos alimentamos do silêncio. A verdade é que - muito pelo contrário - fugimos dele. Ligamos a televisão quando estamos sozinhos em casa, mesmo que não olhemos para ela; levamos música quando prevemos uma viagem ou um espaço vazio no dia; vamos descansar do trabalho para uma discoteca. É saudável, sem dúvida, o desejo de companhia, o gosto por estarmos ocupados; a música e, até, o bulício. Somos gente do mundo e este é o nosso lugar, do qual tanto gostamos. Precisamos do trabalho, do ruído, da agitação para nos sentirmos vivos. Porém, faz também parte da nossa natureza o recolhimento. Somos seres racionais: os nossos gestos deviam ser pensados; os nossos sentimentos e as nossas intenções deviam ser analisados; devíamos avaliar o significado dos acontecimentos; era preciso que forjássemos uma opinião acerca de muitas coisas, novas e velhas. Devíamos construir os nossos princípios a partir de dentro, e não com base em meia dúzia de anúncios publicitários, no que ouvimos no café, na novela ou no noticiário, ou no que lemos num livro que uma grande campanha publicitária colocou na moda. O silêncio permite-nos ter uma vida por dentro, qualquer coisa que flutua por cima da pressa, da confusão das sensações, das notícias de jornal. Qualquer coisa que - para dizer de outra forma - permanece em sossego, como o fundo do mar, muito longe do reboliço superficial das ondas e do vento. É pelo silêncio que se entra nesse lugar. E era importante que lá entrássemos, porque só assim nos aproximaremos da nossa dimensão humana. Todos devíamos ter um pouco de pastor ou de marinheiro, os clássicos vizinhos dos grandes horizontes e das estrelas. É dentro de nós que nos podemos conhecer a nós mesmos e conhecer verdadeiramente o que são as coisas e as pessoas e os acontecimentos. Dentro de nós é que havemos de encontrar as sementes do ideal, do sonho nobre, da força para resistir e avançar. E se houver Deus é dentro de nós que O podemos conhecer bem. Por que fugimos, então, de estarmos a sós connosco mesmos? Por trás de uma série de razões superficiais - não totalmente verdadeiras - como a falta de tempo, de gosto, de hábito ou de paciência, existe um único motivo real: temos muito medo da verdade; receamos pensar naquilo que nos pode complicar a vida...
Olha para mim Luis, amo-te, penso em nós cada silêncio é ocupado pelas nossas lágrimas, risos, gargalhadas...
Sabes que me completas, como uma frase tua:"Ficamos tão bem um no outro".
Nossas vidas vão para sempre ficar ligadas, tu vais continuar na linha da frente a cuidar-me, a travar a minha fúria, a chamar-me à razão, dizer "tem calma, pensa antes de fazer", e não paro de pensar do tal bébé de olhos verdes, seria a continuação de uma história de amor...
Hoje passei a mão na barriga, e pensei, "é possivel sim, pode estar algo dentro de mim a crescer"; amo-te...
Não tens ideia como penso em ti, estás em mim, ontem, hoje e amanhã...
Amo-te...

2 comentários:

  1. Ontem precisava de ti...mais do que nunca.
    Não estava bem,precisava de me encontrar contigo de olhar para ti de me deixar ficar em ti sorvendo cada momento contigo cada espaço partilhado comigo.
    Fique sem saber o que fazer,sentado dentro do carro,brincando com os comandos do radio e pensando em nós,decidi não ouvir musica,recostei-me no banco,aproveitei o abraço do cabedal frio aquela hora e fiquei assim...instantes ...minutos...nem sei,o silencio ajuda a pensar o estar só tambem ajuda,ao estarmos sós temos só a nossa mente os nossos pensamentos,vagueou,para bem longe,para perto de ti.
    Sentia a birra,ainda hoje sinto,a vontade de ter de ser tudo como quero,quando quero e da forma que eu quero,sentia-me impotente por não ser capaz de te dizer nada,impotente por tu estares longe e ao mesmo tempo tão perto de mim.
    Não queria ir para casa,afinal...já nem lhe posso chamar bem casa é apenas onde estou,casa...é onde nos sentimos bem,onde queremos estar e eu queria estar contigo,naquele quarto...ou a dançar no hall sem musica, pés descalços o teu corpo com o meu as minhas mãos em ti as tuas em mim...sentir os pés no tapete o teu cheiro com o meu ...será que se vai repetir?
    Eu vou querer sempre voltar a ficar assim contigo.
    beijo-te

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  2. Quando o teu dia é longo.
    E a noite...a noite é demasiado só.
    E tens a certeza que já não aguentas mais...esta vida.
    Aguenta-te.
    Não te deixes ir...toda a gente chora
    Toda a gente se aleija...ás vezes.
    Ás vezes tudo é errado...
    Mas está na altura de sorrires...
    Quando os dias e noites são longos aguenta-te
    Quando sentes que estás a ir...aguenta-te
    Quando sentes que não podes mais...aguenta-te
    Toda a gente sofre,procura conforto em mim...
    Não baixes o braços ,não baixes os braços.
    Sabes que não estás só,não,não estás só.
    Sabes que te amo,sentes isso.

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