quinta-feira, 3 de setembro de 2009


Cai a chuva pelo vidro da minha janela e com ela algumas lágrimas se soltam dos meus olhos, estava a tentar não chorar mas não é possível porque os meus gritos de revolta magoam o coração apertado de memórias e lembranças boas.
Sei que é hora de seguirmos as nossas vidas, cada um segue os seus caminhos que em nenhum outro momento se hão-de cruzar, sei que tens de ir por ali com um sorriso no rosto e que eu devo ir por aqui com um sorriso no rosto, a sapiência é a consolação deste coração dorido.
Não posso deixar de chorar um pouco, só pela melancolia ou até mesmo a nostalgia de te ver partir com o bom tempo e de me deixar de novo embriagar pelo espírito dos que na solidão se desenham.
Nunca estarei sozinha porque te sei aí e me sei aqui mas o fim inevitável fez com que eu mais uma vez sonhasse essa dura realidade, apodrecer sozinha a um canto. Como eu gostava que me prometesses que ficarás a meu lado até ao fim da vida, como eu gostava que me prometesses que sempre estarás aí por mim, como eu gostava...
Sacudi as melodias da tristeza e deixei-me levar pelo breve
passar dos dias, bebo um chá, festejo a tua ida porque sei que é a melhor coisa a ser feita agora, entre nós apenas a amizade fica dançando à luz de um amor que ruiu, nenhum de nós sabe explicar como mas sabemos que ruiu apenas.
Fico aqui. Olho o fim da rua e vejo o teu vulto a afastar-se devagar, quando olho para o meu lado ainda aqui estás, podes ir em paz que daqui não sais, dentro de mim ficará o teu lugar para sempre...


[ promete-me que ficas a meu lado até ao final da minha vida`!
Sim?

... umas quantas lágrimas rolam pela minha face.

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